segunda-feira, 23 de março de 2015

Ervália diz não ao mineroduto da Ferrous

No dia 21 de março, a Campanha Pelas Águas realizou um grande ato público para denunciar os impactos do mineroduto da Ferrous no município de Ervalia. A atividade aconteceu na parte da tarde e contou com ampla participação das comunidades rurais atingidas.
Cartazes chamaram a atenção da necessidade de se organizar para transformar!

A criançada tomou conta do ato e guiou toda a manifestação
Onda azul tomou as ruas de Ervália


Com muita animação




A atividade fez parte da programação da Semana em Defesa das Águas realizada pelos grupos de reflexão e organizações sociais da região. O ato denunciou também os projetos que tem avançado no território de Ervália, como a mineração de bauxita que, segundo as comunidades vai trazer problemas ao município.

Segundo Antonio Carlos, conhecido como Toninho, o mineroduto vai prejudicar os mananciais da cidade. “O mineroduto da Ferrous pretende chegar em Ervália pela comunidade de Vargem Alegre cortando um grande morro. Em seguida ele atravessa nascentes e o próprio córrego Vargem Alegre, um dos mananciais da cidade. Além disso o mineroduto também atinge o Rio dos Bagres, outro manancial do município. Ele vai atingir também várias córregos e nascentes que formam a Cachoeira da Usina, importante ponto turístico e lazer da região, vamos acabar perdendo nossa cachoeira se ele passar!” denuncia o agricultor.

A preocupação não se limita às comunidades rurais, mas também assusta os moradores do centro urbano. O casal Jose Nelson e Maria Eloisa está preocupado com os impactos sociais que vão surgir na cidade. “Sabemos que com essas grandes obras são contratados mão de obra externa, empresa terceirizada especializada, e que é comum aumentar a violência, o uso de drogas e prostituição. Estamos na rua hoje, pois acreditamos que o campo e a cidade devem lutar juntos por uma cidade melhor, não queremos retroceder, ainda mais com um empreendimento que só beneficia a Ferrous, empresa multinacional” indagou Maria Eloisa.


O ato percorreu toda a cidade exibindo faixas, cartazes e muitos gritos de animação. Ao longo do trajeto os manifestantes entregaram panfletos e conversaram com a população.    


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