terça-feira, 31 de março de 2015

Conselho Universitário vota contra passagem do mineroduto da Ferrous

Conselho Universitário vota contra passagem do mineroduto da Ferrous

31/03/2015
A UFV assumiu uma posição contrária à passagem do mineroduto da Ferrous tanto na estação experimental de Coimbra (MG) quanto na bacia do Ribeirão São Bartolomeu. A decisão foi tomada, por unanimidade, na última reunião do Conselho Universitário (Consu), realizada na sexta-feira (27). A reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares, que presidiu a reunião, declarou que a posição da Universidade foi embasada no parecer da Comissão Técnica responsável por discutir a instalação do mineroduto.
Dentre as ações da comissão, presidida pelo professor do Departamento de Educação Felipe Nogueira Bello Simas, foi realizado um seminário, no dia 18 de novembro de 2014, sobre os impactos da instalação do mineroduto da empresa Ferrous em Viçosa. O evento contou com palestras, seguidas de espaços para debates. Na ocasião, o professor Felipe Simas apresentou um histórico do processo do empreendimento – que acontece desde 2009 – e explicou como um sistema de tubulações é instalado para transportar minérios a longas distâncias, além dos impactos que ele traz para o ambiente. De acordo com ele, em Viçosa, o mineroduto da Ferrous ocuparia um trajeto de 13,3 quilômetros, divididos em 91 propriedades rurais e interferiria em nascentes dos rios Turvo Limpo e Turvo Sujo e do ribeirão São Bartolomeu. No campus Viçosa, o empreendimento poderia prejudicar o abastecimento de água e as atividades de uma área experimental do Departamento de Fitotecnia em Coimbra (MG) e interromperia pesquisas que estão em andamento na área experimental desde a década de 1980.
Órgãos como a prefeitura, a Câmara Municipal e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Viçosa (Saae) já haviam avaliado o projeto do mineroduto e indicaram que os estudos de impacto ambiental apresentados pela Ferrous são insuficientes e possuem erros. 

(Coordenadoria de Comunicação Social)

segunda-feira, 23 de março de 2015

Ervália diz não ao mineroduto da Ferrous

No dia 21 de março, a Campanha Pelas Águas realizou um grande ato público para denunciar os impactos do mineroduto da Ferrous no município de Ervalia. A atividade aconteceu na parte da tarde e contou com ampla participação das comunidades rurais atingidas.
Cartazes chamaram a atenção da necessidade de se organizar para transformar!

A criançada tomou conta do ato e guiou toda a manifestação
Onda azul tomou as ruas de Ervália


Com muita animação




A atividade fez parte da programação da Semana em Defesa das Águas realizada pelos grupos de reflexão e organizações sociais da região. O ato denunciou também os projetos que tem avançado no território de Ervália, como a mineração de bauxita que, segundo as comunidades vai trazer problemas ao município.

Segundo Antonio Carlos, conhecido como Toninho, o mineroduto vai prejudicar os mananciais da cidade. “O mineroduto da Ferrous pretende chegar em Ervália pela comunidade de Vargem Alegre cortando um grande morro. Em seguida ele atravessa nascentes e o próprio córrego Vargem Alegre, um dos mananciais da cidade. Além disso o mineroduto também atinge o Rio dos Bagres, outro manancial do município. Ele vai atingir também várias córregos e nascentes que formam a Cachoeira da Usina, importante ponto turístico e lazer da região, vamos acabar perdendo nossa cachoeira se ele passar!” denuncia o agricultor.

A preocupação não se limita às comunidades rurais, mas também assusta os moradores do centro urbano. O casal Jose Nelson e Maria Eloisa está preocupado com os impactos sociais que vão surgir na cidade. “Sabemos que com essas grandes obras são contratados mão de obra externa, empresa terceirizada especializada, e que é comum aumentar a violência, o uso de drogas e prostituição. Estamos na rua hoje, pois acreditamos que o campo e a cidade devem lutar juntos por uma cidade melhor, não queremos retroceder, ainda mais com um empreendimento que só beneficia a Ferrous, empresa multinacional” indagou Maria Eloisa.


O ato percorreu toda a cidade exibindo faixas, cartazes e muitos gritos de animação. Ao longo do trajeto os manifestantes entregaram panfletos e conversaram com a população.